Um assunto que voltou a ser debatido nos últimos dias, depois do lamentável episódio da tragédia de Realengo, foi à exposição de jovens e crianças a materiais violentos, em específico, os jogos de vídeo game sangrentos, que promovem matanças em nome da diversão eletrônica. A dúvida de pais e educadores é sobre os efeitos negativos que esses jogos podem gerar. Será que eles realmente podem influenciar um jovem a cometer um ato violento?
Na dúvida, o melhor posicionamento é oferecer aos jovens outras possibilidades de diversão que não tragam a violência como tema principal. É exatamente essa a estratégia do Colégio Guairacá. De acordo com a pedagoga Sabrina Plá Sandini, nos intervalos os alunos têm acesso ao vídeo game Nintendo Wii, que é jogado através de um controlador com sensor, que acaba incentivando o jogador a movimentar-se. “Dessa maneira eles acabam saindo do estado sedentário que a maioria dos vídeo games impõem, além disso, os jogos oferecidos são quase que na sua maioria de esportes, o que acaba afastando as temáticas violentas que tanto preocupam os pais”, comenta.
Outro ponto interessante dentro do Colégio Guairacá, que pode comprovar a teoria de que o jovem só precisa de incentivo para divertir-se de maneira saudável, é a aderência do xadrez nos horários livres. Tabuleiros são montados diariamente para um grande número de alunos, que preferem exercitar a lógica e o raciocínio em um jogo de mais de 500 anos. “Foi uma verdadeira surpresa para nós perceber que os alunos têm um grande interesse em jogar o xadrez. Comemoramos, juntamente com os pais, essa conquista pedagógica”, afirma a pedagoga.
Com ensino em período integral, o Colégio Guairacá se sente na obrigação em indicar caminhos seguros para seus alunos. A violência é um tema presente dentro do colégio, mas somente dentro de debates e discussões que promovam a conscientização de seus efeitos negativos. Praticá-la, mesmo que por meio de jogos eletrônicos, não entra em consonância com a filosofia de ensino da instituição.